Eu aproveito o poema de Romário Nogueira para iniciar um assunto que considero de suma importância.
Por mais que um diagnóstico de câncer seja difícil, aterrorizante e envolva muitas incertezas, temos apenas duas opções: enfrentar ou desistir.
"Desistir" nunca esteve nos meus mais remotos pensamentos.
"Enfrentar", é o que faço dia após dia.
"Enfrentar", é o que faço dia após dia.
Para enfrentar, é preciso deixar apenas o instinto de preservação aflorar e comandar as ações. Lógico que não é fácil, mas está longe de ser impossível, pois é a nossa chance de vencer as adversidades e poder continuar a vida.
Sei que muitas pessoas optam por não saber muito sobre as enfermidades pelas quais são atingidas, deixando isso a cargo dos médicos e demais profissionais de saúde que as atendem. Porém, quando começamos a entender as doenças que nos atingem, somos capazes de conseguir opções de tratamento, conseguir até mesmo tratamentos melhores, pois os 'nossos' médicos conseguem, num diálogo franco, informações sobre nossas reações, que dificilmente teriam sem a nossa contribuição. Aos poucos entendemos os resultados dos nossos hemogramas, o que é uma alteração significativa ou não na dosagem das enzimas hepáticas e outros marcadores, e com isso, contribuímos nos cuidados diários com a nossa própria saúde. Sabemos quando podemos comer verduras cruas (sempre esterilizadas antes do consumo) ou cozidas; quando precisamos ligar para o médico ou ir ao pronto atendimento; quando podemos ou não realizar determinadas atividades; quando precisamos ir à luta com a burocracia dos planos de saúde ou o sistema público; quando precisamos de ajuda profissional. Isso tudo faz parte do nosso dia-a-dia, não podemos negar e esperar que as soluções caiam do céu, mas quando nos conhecemos e conhecemos o assunto que precisamos resolver, os caminhos são mais curtos, mais tranquilos de serem percorridos, pois nos preparamos para eventualidades.
Como em tudo, o conhecimento nos abre portas. Aliando o conhecimento da enfermidade ao autoconhecimento faremos, em conjunto com os médicos e os nossos familiares, as melhores escolhas. Não podemos abrir mão disso.
Em resumo, temos muitos direitos:
Questionem os médicos - levem suas dúvidas anotadas num caderno ou agenda.
Procurem outras opiniões médicas - é direito de todo paciente.
Procurem alternativas terapêuticas - protocolos de pesquisa clínica, protocolos quimioterápicos diferentes, medicações novas - como anticorpos monoclonais -, novos transplantes, etc. (mas não tratamentos alternativos)
Não se acomodem!
FÉ NA VIDA!
Oi Carin é isso aí, temos de fazer a nossa parte sim.
ResponderExcluirbeijão.
Gigi