Paciente, eu??

Nossa... Essa palavra deveria ser considerada um palavrão!

Definições de "paciente" e "paciência":

Na acepção filosófica significa o que sofre ou é objeto de uma ação; na acepção médica, pessoa que padece de uma doença; doente; pessoa que está sob cuidados médicos.

Paciente é aquela pessoa que consulta o médico ou profissional da área de saúde.
pessoa que está sob cuidado médico


[do latim patiente] – 1. Resignado, conformado, que espera serenamente um resultado. 2. Que faz com paciência, perseverando numa atividade difícil e lenta. 3. Pessoa que padece, doente. 4. Aquele que é objeto da ação praticada por um agente.

Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranqüila e acreditando que você irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido , capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa, capacidade de se libertar da ansiedade. A tolerância e a paciência são fontes de apoio seguro nos quais podemos confiar. Ser paciente é ser educado, ser humanizado e saber agir com calma e com tolerância. A paciência também é uma caridade quando praticada nos relacionamentos interpessoais.

paciência - qualidade de paciente; perseverança calma; passatempo de uma pessoa só

A paciência nunca foi uma das minhas virtudes (se é que tenho alguma), e agora durante o tratamento, fui obrigada a exercitá-la na maior parte do tempo. Ainda tenho meus arroubos de intolerância e agressividade, mas numa escala muito menor que antes. E até que tenho me saído bem melhor do que o previsto.

Imaginei que o período do tratamento se arrastaria para passar, e tem passado depressa.

Sempre tive muitas atividades, desde criança. Além da escola, fiz piano, ballet, natação, datilografia (viram como sou arcaica?). E a escola não era a moleza que se verifica hoje, tínhamos chamada oral, 30 frases de análise sintática por dia, várias expressões numéricas e fórmulas matemáticas, projetos de ciências, peças de teatro, livros, redações... e era muito bom estudar.

Confesso que as aulas que eu não gostava eram as de Educação Física (1º bimestre - condicionamento físico; 2º - dança; 3º - vôlei; 4º - vôlei e condicionamento físico), mas não tinha como escapar. Foi a única disciplina em que tirei nota vermelha, um 4,5 na 5ª série, no 3º bimestre, pois não sabia e não sei jogar vôlei (30 toques no paredão, 30 fora, 30 manchetes no paredão, 30 fora e mais 5 saques - que nunca passavam a rede). Garantia minha média no condicionamento físico mediano e nas danças (notas altas), porque vôlei não dava mesmo. Na 8ª série eu "consegui"machucar meu dedo, que entortou, e então levava lição de teoria musical para fazer na aula, e a professora não teve o que argumentar para me obrigar, pois eu estudava piano e tinha entortado o dedo no vôlei. Eu ficava na lateral da quadra com meu caderno e livros, escrevendo enquanto as outras alunas jogavam.

Voltando à paciência, acho que essa "parada" na vida está me fazendo bem. Estou modificando meus conceitos, ampliando meus conhecimentos, repensando meu modo de vida. E como já me disseram, veremos o resultado disso quando o tratamento acabar e os compromissos voltarem. Só então poderei afirmar que mudei - ou não!

Fico por aqui.