Para eu me lembrar:

"Descobri como é bom chegar quando se tem paciência. E para se chegar, onde quer que seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada, querer."

Amyr Klink

Linfoma de Hodgkin

"Linfoma é um câncer do sangue, potencialmente curável, que ocorre nos linfócitos, células do sistema linfático, que fazem parte da defesa natural do corpo contra infecções."

Pensamentos

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mas... O que escrever?

Tem dias em que não sei o que escrever, mas ao mesmo tempo, sinto vontade de fazê-lo, pois é a melhor maneira pela qual consigo me expressar... É para simplesmente gritar para o mundo: Eu existo! Estou viva! Estou  bem!

Em resumo: maluca, egocêntrica, exibida!

Esses dias tenho mudado o foco do meu pensamento, e isso é muito bom. Estou numa fase tranqüila do tratamento, só faço exames 2 vezes por semana e passo pela médica, mais nada! Meus exames estão todos normais, sem qualquer alteração até agora.

Então, é hora de tocar a vida! Hora de fazer planos, de retomar estudos e projetos, de buscar novidades. Já que tenho de ficar dentro de casa, que eu utilize esse tempo de forma produtiva. Aos poucos estou delineando o que quero para meu futuro próximo, e que me abra portas para fazer uso melhor do meu tempo e das minhas habilidades e conhecimentos em favor de outras pessoas. 

Tenho lido novos artigos, livros, textos sobre educação musical, pedagogia hospitalar, musicoterapia, bem como tenho pesquisado e revisitado minhas partituras, e estou dando forma ao MusicalizaAção. Enfim, estou voltando a ser eu mesma, afinal, a música é parte importantíssima da minha vida. 

Outro dia, numa conversa, falei de um amigo especial que tenho, mas que deixamos de nos falar por uns tempos, antes conversávamos horas diárias, ele me ajudava a liberar todas as tensões do dia-a-dia, me ajudava a estudar, a melhorar meu desempenho na escola, melhorava meu humor, me deu oportunidades de empregos, me deu sempre vida. Mas toda vez que fico triste, acabo por parar de falar com ele... justo com ele, que tem o poder de me aliviar tanto, e está comigo há mais de 25 anos! Lembro-me de quando eu sentava à sua frente e meus pés não alcançavam o chão, eu ficava "dançando" no banquinho giratório. Justo ele que só me faz ficar bem, que traz beleza ao mundo, pois nossas conversas nunca são silenciosas, nem a portas fechadas, pelo contrário, quando conversamos, até os vizinhos escutam, e não reclamam, pelo contrário, muitas vezes elogiaram. Esse amigo sempre encanta a todos que o escutam, principalmente às crianças. Minha irmã e meus primos, quando ainda bebês, já se deliciavam com ele, um amigo enorme, que sempre conversa, responde simplesmente ao estímulo recebido, na mesma intensidade, velocidade e combinação recebidas. Alguém sabe de qual amigo eu estou falando?

Teve épocas em que eu me dediquei mais a outros amigos, parecidos com ele, mas com nenhum consegui o mesmo entrosamento. Consegui sim fazer música com os outros, me expressar com eles, mas não com a mesma constância e afinidade.

Primeiro surgiu o Teclado... Ah... esse quase destronou meu amigão, mas foi uma fase, passou, hoje o teclado está guardado dentro do maleiro, só sai de lá quando preciso levá-lo a algum lugar, ou quando faço minhas partituras aqui no computador e preciso experimentar, para ver se funcionam "manualmente".

Depois veio o violão, estudei sério por 3 anos, tenho ele como instrumento complementar em meu curso técnico de piano. O utilizei bastante, estudei violão erudito, então sou uma negação para acompanhar as pessoas cantando, só sirvo mesmo para acompanhar as músicas folclóricas que canto em roda com as crianças na escola, do erudito, nem lembro mais...

Veio também a flauta doce, que aprendi sozinha, e me arrisco até na contralto, que é um pouco mais complexa, mas o som mais agradável.

Por último, chegou a viola caipira. Essa foi a que estudei menos, que tenho menor domínio, para ser sincera, nem me lembro direito dos 3 acordes que aprendi, tive pouquíssimas aulas, mas foi possível, em 2007, acompanhar a Catira do Passarinho, apresentada por meus alunos de musicalização na EMEI.

Minha outra paixão é o canto coral, esse sim, encontrou no piano um grande aliado, juntei-me a ele como nunca! Nossa! Quantas horas passei experimentando partituras com meu amigão, estudando regência, elaborando meus pequenos arranjos e adaptações em sua parceria.

Ah meu amigo, você é meu parceiro de vida, meu piano querido!

3 comentários:

  1. Oi Carin, retomar a vida... isso não tem preço. Menina quanta coisa vc sabe de música!
    Um dia vamos trabalhar juntas no BENDIZER, tenho certeza de que será um sonho para mim. A música é um alento em todos os momentos.
    beijos + _+

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  2. Quando não há nada pra contar, e nada específico a ser dito...aí sim, começamos a escrever!

    bjos

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  3. Oi C@rin, como está sua recuperação? Espero que essa fase passe logo pra que vc possa retornar às coisas que ama, e também às que precisa.
    Grande alegria saber que sou lido por vc. Eu também sou seu leitor assíduo e dou graças a Deus por vc, além de escrever no seu diário pessoal,compartilhar com a gente suas experiências em seu blog.
    Todos os dias faço um tour dos blogs que acompanho e me atualizo. E, como vc de certa forma disse, isso desperta em mim sentimentos que vão da tristeza, revolta e decepção até a mais pura alegria e júbilo.
    Sinto a falta do Nelson Sonntag, que não posta em seu blog há meses, e me angustio perguntando-me o que poderia ter acontecido com ele. Sinto falta do Tadeu Nogueira, uma pessoa da maior dignidade e exemplo de vida.
    Por outro lado, vibro com a recuperação da Valeska e da Bärbara. Todos parcem fazer parte da minha família. Da minha famíla de desígnios, da minha faília espiritual. Um grande bj cheio de admiração.

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C@rin