Para eu me lembrar:

"Descobri como é bom chegar quando se tem paciência. E para se chegar, onde quer que seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada, querer."

Amyr Klink

Linfoma de Hodgkin

"Linfoma é um câncer do sangue, potencialmente curável, que ocorre nos linfócitos, células do sistema linfático, que fazem parte da defesa natural do corpo contra infecções."

Pensamentos

quarta-feira, 10 de março de 2010

Relação médico-paciente


Hoje eu reli a homenagem que o médico do Tadeu escreveu, e fiquei pensando aqui...

Há pessoas que se relacionam muito bem com seus médicos, outras não; há também aquelas que ficam trocando de médico com freqüência, e há aquelas que são negligenciadas pelos médicos. Tempos atrás tivemos um pequeno tópico numa comunidade do orkut perguntando o que os pacientes preferiam: médicos amigos ou médicos competentes? 

Minha opinião é muito clara, mas contempla as duas opções, e isso é cada vez mais visto nos consultórios, ambulatórios e hospitais. É a humanização da saúde.

Lembro-me da clássica cena do filme Patch Adams em que ele e o colega, ainda no 1º ano da faculdade, se infiltram numa turma de alunos do 3º ano, que junto com o professor, ver os casos do hospital. Só que Patch faz uma pergunta inesperada: qual o nome da paciente? O médico precisou ler no prontuário para responder, pois na sua concepção, o que importava era o diagnóstico, para que os alunos aprendessem medicina.



Inúmeras cenas do cinema mostram essa defeituosa relação que até bem pouco tempo era regra nos hospitais, referir-se aos pacientes por número de matrícula ou até mesmo por siglas que identificam suas enfermidades. 

Eu nunca fui tratada dessa maneira. E eu já estive internada em pronto socorro de hospital público em feriado, tendo ficado 2h ou mais numa maca no corredor, esperando uma vaga na enfermaria. O atendimento tinha suas limitações, incomparável ao acolhimento e conforto que tenho no tratamento do linfoma, mas sempre me chamaram e se referiram a mim pelo meu nome, todas as equipes sempre conversaram comigo, para me informar e me tranqüilizar sobre meus tratamentos. Confesso que hoje até gosto dos ambientes de atendimento à saúde, pois dentro dos jalecos brancos há pessoas, e em todos os lugares em que fui atendida, sempre encontrei jalecos recheados de pessoas atenciosas, competentes e amigáveis.

Sinto-me feliz por ter esse atendimento, mas triste por saber que muitas outras pessoas não têm. Há pessoas que não confiam em seus médicos, que muitas vezes erram em diagnósticos e tratamentos, que não tiram suas dúvidas por vergonha do médico, por não encontrar receptividade em seus semblantes. Há aquelas pessoas que por falta de orientação, seguem seu tratamento de qualquer jeito, o que lhes acarreta complicações. É preciso ter muita ética, muita paciência e equilíbrio para trabalhar nessa área, afinal, lidar com pessoas fragilizadas pelas doenças e tratamentos é extremamente desgastante.


Não precisamos chegar aos extremos de mergulhar numa piscina cheia de macarrão ou vivermos todos em comunidade, como na casa do Patch, mas precisamos nos entender, conviver bem, com educação, respeito, harmonia e empatia. E adianta ainda menos irmos às consultas e depois reclamarmos para os vizinhos do atendimento. Se algo está errado, precisa ser dito no lugar certo, para a pessoa certa. Em todos os lugares há aquela ficha de avaliação e de sugestões, e também temos nas home pages dos hospitais, clínicas, laboratórios, convênios, secretaria da saúde e até do ministério da saúde, canais de atendimento, lá que devemos contar nossas insatisfações, para que sejam corrigidas e que não apenas nós, mas outros pacientes sejam melhor atendidos.

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