Hoje de manhã, quando terminei as medicações, ao me despedir da médica e da enfermeira, a médica me disse: "Vamos ver se essa medula pega hoje?"
Confesso que fiquei surpresa, pois domingo estava com apenas 100 leucócitos, e depois não soube mais os resultados. Então fui informada de que ontem tinha 900.
Hoje à tarde, quando cheguei para as medicações, a enfermeira me cobrou o bolo, pois minha medula pegou. E como pegou!!! Mais de 4.000 leucócitos.
Com a quimio antes do transplante, meu sistema imunológico, junto com o linfoma, foi "destruído", apagado, como quando formatamos um computador. Então as células-tronco que ficam sempre escondidinhas dentro da medula óssea (tutano do osso), foram previamente estimuladas a circular por todo o meu corpo e depois foram filtradas, coletadas e congeladas para depois da tal quimioterapia destruidora, me serem devolvidas (esse é o transplante). Agora sou como um bebezinho, sem imunidade, sem anticorpos. Por isso alguns cuidados terão de ser tomados na minha rotina daqui para frente. Mas isso é o de menos, o importante é viver bem, viver saudável novamente.
Agora as doses das medicações deverão ser reduzidas, e logo voltarei para casa. Lógico que viverei cercada de cuidados, principalmente na fase inicial, mas a casa da gente é o melhor lugar do mundo!
Com certeza o carinho que tive de todos aqui, aliado ao tratamento de qualidade e à cabeça que consegui, (às vezes aos trancos e barrancos) equilibrar, contribuiu muito para o êxito do tratamento.
Em novembro, mesmo depois de fazer 3 ciclos de ICE, apareceu-me um novo e dolorido nódulo na axila esquerda, o qual no PET-CT apresentou alta captação do "contraste", chegando a 8, quando o tolerável é até 3. Pois bem, esse gânglio tem sido minha medida para todo o processo do auto-transplante, durante as quimios pré-coleta, eles diminuíram um pouco e pararam de doer. Depois, nos dias de descanso, voltaram a me incomodar. E agora estão tão pequenos, que é difícil de encontrá-los e não doem mais nada.
Acho que em breve refarei os exames de imagem, e então teremos a dimensão do quanto a quimioterapia do transplante foi bem sucedida. Se ainda tiverem restado algumas "massas", partiremos para a radioterapia.
Fato curioso me ocorreu agora. Algumas pessoas com as quais eu não falava há meses, telefonaram-me hoje, pessoas que nem sabiam que eu fiz o transplante. E o mais pitoresco, foi que enviei um torpedo para o celular da minha irmã, que estava desligado (sem carga na bateria), e logo em seguida ela me telefonou. Disse que algo lhe disse para me ligar naquela hora, bem quando eu estava com a "grande novidade"! De qualquer modo, agora é época de alegria! De festejar a chance da vida se renovar. A chance de fazer a vida melhor daqui por diante. A chance de ser realmente feliz, em todos os âmbitos!
Parabéns, me emocionei com sua história. É esse cateter é um pouco assustador, mas o que vale é o resultado favorável. Um abração
ResponderExcluirCarin....passei hj por aqui várias vezes para saber notícias, e fico muito feliz mesmo!
ResponderExcluirBeijos nessa Medula...srsrsrs
Ê alegria arretada!
ResponderExcluirEsta cearense que lhe fala ganhou o dia!
Beijos,
Nena.
Carin,
ResponderExcluirParabéns!!!
Nossa, que notícia excelente!
Te cuida e dá notícias.
bjs
Carin, que ótima noticias, depois de tr passado por momentos alfitivos.
ResponderExcluirEssa medula é valente, assim como vc!
E como diz uma amiga: Vamo que Vamo!
TIM - TIM SAÚDE......
Imensamente feliz!
ResponderExcluirImensamente feliz!
Aliviada, feliz...muito feliz por vc e por sua felicidade!!!
Vida longa e saudável!!
Bjos